terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Enfim, a verdade: um crime social!

Prezado(a) amigo(a) leitor(a) de meu blog. O artigo que segue objetiva a sua solidariedade num momento dramático pelo qual passa minha esposa, uma pessoa da área educacionaql que teve o seu trabalho social interrompido por uma insensatez sem limites. Não me julgue mal pela liberdade deste envio. Eu sou o mesmo Edson que você conhece, uma pessoa voltada há décadas para a educação e a cultura. Sinceramente, o que relato a seguir abalou em muito o meu respeito à Justiça.

Que lamentável!

Meus respeitos e minha gratidão pela atenção.

Foram 14 anos de trabalho socio-educacional em São Cristóvão.

O sonho da professora Vilma em levar educação e cidadania a bairros reconhecidamente carentes da Cidade, foi violentado por uma decisão judicial que desconsiderou a importância de sua obra, determinando que o VDL deixasse o prédio da antiga EBAL.

Não foram suficientes os apelos da professora Vilma à Secretaria de Educação do Estado, ao Conselho Curador e ao Juizado de Menores. O silêncio desses órgãos fez com que, numa única e simples sentença, 39 pessoas ficassem desempregadas (inclusive professores) e cerca de 300 alunos, já pré-matriculados desde outubro de 2010 ficassem sem o direito de estudar NO SEU COLÉGIO. Foi o desmoronamento de ums estrutura construída com dedicação total à causa da educação, numa cidade e num estado carente de escolas e qualidade de ensino, como dizem suas autoridades. Um absurdo!

O colégio ainda tentou um contrato de locação com os arrematantes do prédio no leilão da EBAL, mas eles não quiseram negócio. O VDL teve que sair do logradouro e o prédio voltou a ser aquela construção que em 1997 já estava, havia 16 anos, abandonada à própria sorte, e que o VDL recuperou. Sai o colégio, entra o comércio. Os alunos do bairro, que seriam por volta de 700 em 2011, ficaram sem a alegria dos dias do VDL, sem o suporte educacional e familiar que lhes assistia com amor. Um crime social!

Na tentativa de honrar algumas dessas matrículas, o VDL ofereceu vagas na filial da Tijuca. Alguns estão se socorrendo nisto, mas as dimensões do estabelecimento tijucano não comportam toda aquela quantidade oriunda de São Cristóvão, Caju, Benfica, Saúde e adjacências. Um episódio quase inacreditável, onde a insensibilidade da Justiça, perante os direitos do capital, prevaleceu e o Sonho da professora Vilma sofreu um abalo cujo desfecho somente Deus é capaz de prever.

VDL são as iniciais de Você Deve Lutar, como sempre se disse no colégio. A luta da educadora vai continuar. Deus quis assim e assim será. A Ele pertence o futuro. À educadora cabe apenas orar, buscando sua proteção nos momentos duros que serão muitos. Desistir, jamais! Afinal, O SONHO NÃO ACABOU!

Muito Obrigado, São Cristóvão! Muito Obrigado famílas dos mais de 5.000 alunos que passaram pelos bancos escolares do VDL nesses 14 anos. Perdoem as falhas cometidas e sejam, se possível, solidários com a dor da perda que a Justiça sentenciou.
Assinado: Os amigos eternos do VDL

Nota: Este espaço já estava contratado e pago pelo colégio para a divulgação dos cursos de 2011. Por essa razão, ele pôde ser usado para esclarecer a verdade à comunidade dos bairros assistidos. A professora Vilma necessita do apoio de todos à sua obra. Tudo o que puder ser encaminhado de ajuda nessa hora dramática será recebido com muita consideração e Graças ao Bom Deus. Os amigos do VDL confiam que aqueles que tanto foram ajudados pela professora em sua obra socio-educacional saberão assisti-la nessa hora dramática que o colégio vive, inclusive os empregados. Que Deus abençoe a todos!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Esperanças fundadas, mas trabalhar é preciso!

Edson Monteiro, 31 de dezembro de 2010-12-31

Desta vez, não é por mero costume. O Brasil, de fato, se lança para o Ano Novo cheio de esperanças: uma mulher no comando da Nação, esbanjando sensibilidade social e fundamentação técnica nas suas decisões, o binômio que o idealismo “jacobino” da Era das Luzes incutiu na mente de jovens e adultos que prosseguem sonhando com a utopia do socialismo solidário.

Dilma adentra a história do Brasil no instante em que o povo brasileiro ainda comemora os frutos bons de uma liderança governamental que o colocou na mira dos essenciais propósitos. Basta ver a aceitação popular do que se despede e as manifestações de alegria expontânea estampadas nas fotos de toda a mídia, até mesmo daquela avessa aos ditames soberanos do Brasil.

Somente no Rio de Janeiro, estado pujante que viveu de duas a três décadas de irracional abandono econômico — salvo, em parte, pela dádiva petrolífera de Campos — anuncia-se quase 160 bilhões de investimentos privados e públicos para os próximos cinco anos: um desafio ao empresariado, aos gestores públicos e ao povo trabalhador, conjunto de agentes que concretiza o milagre de uma associação progressista, justa e de interesses sociais indiscutíveis. Tudo isto, fruto da visão governamental que Dilma receberá e que saberá manter, elevando a qualidade de vida do povo fluminense e fazendo retornar ao estado o papel histórico interrompido na década sessentona do séc. XX, de triste memória.

Porém, parte alguma do que está encerrado na esperança desta alvorada de 2011 “cairá do céu”. É preciso trabalhar, e trabalhar muito: (a) A implantação do COMPERJ, na trilha dos maiores investimentos em andamento no país; (b) O estaleiro da Marinha do Brasil, o da OSX e o da Barra do Furado; (c) O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro; (d) As novas usinas siderúrgicas; (e) O superporto de Açu, do Grupo EBX; (f) Os empreendimentos fabris da iniciativa privada. Apenas, para citar algumas iniciativas que a imprensa registra com freqüência, em meio a tantas oportunidades de trabalho para o povo que reviveu nos últimos anos — em que pese a crise econômica internacional de 2007 — a pujança tantas vezes demonstrada de sua capacidade produtiva.

Enfim, como disseram os mestres Cartola, Hermínio Belo de Carvalho e Carlos Cachaça: “Alvorada lá no morro, que beleza! Ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor...” Que assim seja para o Rio, além dos morros que já andam mais sossegados, e para o Novo Brasil inaugurado há oito anos e que passa a ter nas mãos de uma mulher o bastão de seu destino. Que Dilma seja feliz nas suas decisões, que o povo a admire ao final de uma jornada que agora se inicia com imensa esperança no seu bom sucesso.

É muito bom ter esperança, sem que assim se aja por mero costume.