segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Esperanças fundadas, mas trabalhar é preciso!

Edson Monteiro, 31 de dezembro de 2010-12-31

Desta vez, não é por mero costume. O Brasil, de fato, se lança para o Ano Novo cheio de esperanças: uma mulher no comando da Nação, esbanjando sensibilidade social e fundamentação técnica nas suas decisões, o binômio que o idealismo “jacobino” da Era das Luzes incutiu na mente de jovens e adultos que prosseguem sonhando com a utopia do socialismo solidário.

Dilma adentra a história do Brasil no instante em que o povo brasileiro ainda comemora os frutos bons de uma liderança governamental que o colocou na mira dos essenciais propósitos. Basta ver a aceitação popular do que se despede e as manifestações de alegria expontânea estampadas nas fotos de toda a mídia, até mesmo daquela avessa aos ditames soberanos do Brasil.

Somente no Rio de Janeiro, estado pujante que viveu de duas a três décadas de irracional abandono econômico — salvo, em parte, pela dádiva petrolífera de Campos — anuncia-se quase 160 bilhões de investimentos privados e públicos para os próximos cinco anos: um desafio ao empresariado, aos gestores públicos e ao povo trabalhador, conjunto de agentes que concretiza o milagre de uma associação progressista, justa e de interesses sociais indiscutíveis. Tudo isto, fruto da visão governamental que Dilma receberá e que saberá manter, elevando a qualidade de vida do povo fluminense e fazendo retornar ao estado o papel histórico interrompido na década sessentona do séc. XX, de triste memória.

Porém, parte alguma do que está encerrado na esperança desta alvorada de 2011 “cairá do céu”. É preciso trabalhar, e trabalhar muito: (a) A implantação do COMPERJ, na trilha dos maiores investimentos em andamento no país; (b) O estaleiro da Marinha do Brasil, o da OSX e o da Barra do Furado; (c) O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro; (d) As novas usinas siderúrgicas; (e) O superporto de Açu, do Grupo EBX; (f) Os empreendimentos fabris da iniciativa privada. Apenas, para citar algumas iniciativas que a imprensa registra com freqüência, em meio a tantas oportunidades de trabalho para o povo que reviveu nos últimos anos — em que pese a crise econômica internacional de 2007 — a pujança tantas vezes demonstrada de sua capacidade produtiva.

Enfim, como disseram os mestres Cartola, Hermínio Belo de Carvalho e Carlos Cachaça: “Alvorada lá no morro, que beleza! Ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor...” Que assim seja para o Rio, além dos morros que já andam mais sossegados, e para o Novo Brasil inaugurado há oito anos e que passa a ter nas mãos de uma mulher o bastão de seu destino. Que Dilma seja feliz nas suas decisões, que o povo a admire ao final de uma jornada que agora se inicia com imensa esperança no seu bom sucesso.

É muito bom ter esperança, sem que assim se aja por mero costume.