Edson Monteiro

Edson Monteiro tornou-se escritor em 1992, com a publicação independente da obra “Aspectos Éticos na Engenharia”, esgotada.
Nela, o autor enuncia o seu conceito sobre ética, apoiando-se nas visões de Jaspers, Krishnamurti, Taylor, Rousseau e Piaget, concluindo por aplicá-lo no exercício de sua profissão e demonstrando a dependência total que ela guarda com a correção do caráter e com o exercício consciente da solidariedade. Para ele, ética é o respeito incondicional à natureza, aí priorizado o ser humano. Para tanto, ao ético são necessárias coerência e disciplina, binômio dependente de um processo educacional que ele considera fundamental aos resultados da boa engenharia.
Esse primeiro trabalho de Edson foi prefaciado pelo emérito professor engenheiro Octávio Reis de Cantanhede Almeida, credencial de incontestável mérito.

O terceiro trabalho de Edson, no rastro definitivo da abordagem sobre ética foi “O Sorriso da Razão”, que no dizer de Leon Clement Rousseau, seu prefaciador, compreende três ensaios, o primeiro com personagens da história científica e artística servindo como propagadores de conceitos, o segundo com atores que criam vida nas estórias exemplares, e o derradeiro — que ele chama de “grande final” — a ficção realista que congrega perfis engenhosamente construídos para anunciar o exercício da ética no cenário contemporâneo.

E, então, mergulhado definitivamente no afã de perscrutar as ações e reações do ser humano perante os desafios da tendência comportamental antiética, Edson salta sobre a história brasileira dos séculos XVII e XVIII, como modelo de seus estudos, desmistificando as supostas proezas heróicas ditadas pela História Oficial e revelando, documentalmente, o papel nacionalista — conquanto romântico — de Tiradentes, na obra em dois volumes: “O Despertar do Nativismo Brasileiro”, premiada pela União Brasileira dos Escritores como Ensaio Histórico Social de 2007 (1º volume, Prêmio Daniel Winz) e Ensaio Histórico de 2008 (2º volume, Prêmio Eneida de Moraes).
No dizer do jurista José Carlos Ribeiro, um dos prefaciadores do trabalho, Edson se revela “um garimpeiro da verdade (...), abeberando-se, com honestidade científica, em elementos de Sociologia, Psicologia e Antropologia, (...), avançando sobre os fatos como um abridor de latas, corajoso, indo ao assunto, intransitividade que nos basta”.

Essa premiada abordagem histórica de Edson não constitui ineditismo em sua obra, pois o seu segundo trabalho, de importância fundamental ao entendimento do miscigenado povo brasileiro, já passeara pelo século XVI, destacando a epopéia tupinambá da nação indígena de Aimberê em “Os Brasis de Uruçumirim”, o evento precursor da fundação da cidade do Rio de Janeiro. Na obra, Edson destaca o comportamento antiético do colonizador português e o sacrifício imposto pela catequese contaminada pelos interesses do dominador cruel sobre os indígenas e, mais tarde, sobre os negros escravos. Como sempre, um trabalho sobre ética — ou sobre a sua falta.

Agora, em pleno 2010, o autor se prepara para tornar público um trabalho que ele próprio avalia como sendo uma grande ousadia. Edson abordará DEUS, em dois volumes. O primeiro, já no prelo, intitula-se “Da Criação à Antiga Aliança – Um ensaio sobre a Ética da Obediência”, compreendendo uma viagem pelas civilizações mesopotâmicas pioneiras e a análise ao papel e à participação do povo hebraico desde a Criação até o ano 63 a.C.
Resta-nos aguardar esse novo trabalho do engenheiro e professor Edson Monteiro.